sexta-feira, 23 de setembro de 2011

About life

How many things have you left behind since you arrived this world? Who would you like to be with one more time? Which memories do you keep as the most important and fragile treasure?


La Maison en Petits Cubes (2008, written by Kenya Hirata,
directed by Kuni Katō, music by Kenji Kondo)

Who are you among all these portraits, after all?

People say that when you are about to die, you can see your whole life again. I don't believe that. But I do believe there must be something that pops up in your mind before the very end. What does that little fraction of memory mean? What does it define? Maybe one will find out only when it's too damn late. (G.P.)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sobre máscaras

Kamen, by Rin'

会えると信じてる見えない仮面取り去って
光出会う

Tossing away the invisible mask,
one faces light.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sobre a essência de todas as coisas

"To try to find the figure in the carpet of one's writing can be as chilling as trying to find it in one's life; to weave, post facto, a figure in – 'this is what I meant to say' – is an intense temptation."

“Tentar achar a imagem na tapeçaria dos seus escritos pode ser tão desanimador quanto encontrá-la em sua vida; tecê-la, post facto – ‘era isso que eu queria dizer’ – é uma intensa tentação.”

Clifford Geertz


O que é a imagem senão a essência de uma tapeçaria?
Buscar a imagem numa tapeçaria é buscar nada menos que a sua razão de existir. Procurar a imagem, portanto, é procurar a essência das coisas.
Os escritos geralmente têm uma mensagem essencial, um cerne ao redor do qual as narrativas se constroem de modo a embasar o que foi escrito, e as pessoas têm a propensão de tecer suas vidas da mesma forma.
É daí que vem a tentação de tecer sentidos para as coisas depois que elas já aconteceram (post facto), pois é isso que nós fazemos: tecemos histórias e estórias, construindo uma imagem para a tapeçaria, esperançosos por achar um sentido maior para todas as coisas, algo que finalmente nos mostre qual é a essência da vida. (G.P.)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sobre O Rei Leão, o ciclo sem fim e nostalgia

Dezessete anos já ficaram para trás desde a estreia do clássico O Rei Leão, lançado pela Disney em 1994. Inspirada em Hamlet, de Shakespeare, a saga de vida e morte nas savanas definitivamente marcou o imaginário de uma geração, produzindo arrepios nostálgicos a cada vez que o Sol se levantava sobre as planícies africanas.


Por meio do personagem de Simba, o tradicional “herói que retorna”, milhares de jovens espectadores aprendiam pela primeira vez que todos os seres vivos estão interligados num ciclo interminável que abarca a todos, das gazelas mais frágeis ao mais forte leão. Aprendiam também que a morte tem um sabor deveras amargo e que, invariavelmente, as coisas vão dar errado – e algumas delas nunca poderão ser corrigidas.


Tudo isso por meio das técnicas de animação em 2D, as mesmas utilizadas em outras obras de arte como A Bela e a Fera, A Pequena Sereia e Mulan, filmes que – correndo o risco de parecer saudosista – não encontram paralelo nas obras lançadas atualmente.


Em 2011, para apresentar a narrativa a uma nova geração, chega às lojas a nova versão Diamond Edition do disco blu-ray de O Rei Leão, além da versão 3D para exibição nos cinemas, a qual eu assisti – vejam só! – na mesma sala em que, numa idade bem mais tenra, assisti ao filme original pela primeira vez. E eis que, quase duas décadas depois, pude ouvir uma nova criança chorando ao assistir à morte de Mufasa, para o deleite dos espectadores mais velhos, como eu. É clichê, eu sei, mas isso faz você se dar conta de que o ciclo sem fim, de fato, continua girando sem parar. (G.P.)